Lewis Hamilton venceu o GP da Hungria desse domingo (4) somente nos momentos finais da prova. Max Verstappen era favorito, mas a Mercedes foi melhor que a Red Bull na estratégia, o que possibilitou o ritmo do inglês ser bem mais forte nas últimas voltas. 

A largada foi apertada, mas Verstappen pulou bem dessa vez. O pole position conseguiu superar as duas Mercedes, depois de os três chegarem lado a lado na curva 1. Mais adiante, Hamilton e Bottas começaram uma disputa fortíssima, dividindo as curvas, e o finlandês até fritou pneu na curva 2. Porém, no trecho que leva até a curva 3, o inglês se deu melhor e levou a posição, mas tocou na asa dianteira do companheiro no processo.

A largada em Hungaroring (Foto: Reprodução / F1)
A largada em Hungaroring (Foto: Reprodução / F1)

Se aproveitando da confusão, Leclerc partiu pra cima do #77, ganhando a terceira posição. Para o azar do piloto da Mercedes, ele levou um toque mais forte ainda do monegasco nesse movimento. Dessa forma, Bottas começou a perder ritmo, logo sendo ultrapassado por Vettel. A Mercedes então preparou uma parada, que só veio  na volta 6. Reparando a asa e aproveitando para equipar os pneus duros, ele voltou na última posição. 

Enquanto isso, Verstappen abria uma vantagem de dois segundos para Hamilton. Os dois imprimiam um ritmo bem parecido, e a diferença se estabilizou. Já a Ferrari tinha que se contentar com uma briga interna, com os dois carros ficando para trás em relação aos ponteiros. Na disputa no pelotão intermediário, vimos as duas Mclarens contra Kimi Raikkonen, além de George Russell se segurando em uma corajosa P14. 

Na volta 18, as duas Toro Rosso se envolveram em uma bela briga interna pela P12. Lá na frente, pela primeira vez, Hamilton começou a minar a vantagem de Verstappen. O holandês estava reclamando insistentemente de falta de aderência, então a Red Bull decidiu chamá-lo para os boxes na volta 25. Pouco antes, o inglês quase conseguiu baixar de um segundo.

Disputa entre os dois pilotos da STR (Foto: Reprodução / F1)
Disputa entre os dois pilotos da STR (Foto: Reprodução / F1)

Estratégia ousada da Mercedes define a prova

Como a vantagem para Leclerc, no terceiro lugar, era muito confortável, Max manteve a P2, voltando 18s atrás de Lewis. Nesse ponto a grande questão era quando viria a parada do pentacampeão. A Mercedes retardou o máximo que pôde e o chamou apenas na 31, perdendo a posição e voltando seis segundos atrás de Max. A princípio a estratégia do time alemão não foi muito boa, porém Hamilton partiu para virar tempos muito fortes. Tirando o máximo dos pneus duros, pouco tempo depois ele chegou na cola do holandês.

Esse foi o momento mais emocionante da corrida. Hamilton partiu para cima na volta 39, colocando de lado nas curvas 1 e 2. Verstappen se segurou até a 3, quando o adversário conseguiu colocar o carro a frente, mas saiu da pista e foi para a parte suja. Com isso, Lewis perdeu tempo e ritmo, tendo que se preocupar em resfriar o carro antes de tentar novamente.

Foto: Reprodução / F1
Briga insana pela ponta (Foto: Reprodução / F1)
Câmera de dentro do carro de Lewis (Foto: Reprodução / F1)
Câmera de dentro do carro de Lewis (Foto: Reprodução / F1)

Nesse meio tempo, a Ferrari estava isolada na corrida. Leclerc parou na volta 28, mas Vettel permaneceu na pista. O alemão só foi para os boxes na volta 40, optando pelo chamado plano C. Mais para trás, Ricciardo vinha se recuperando forte, saindo da última posição. Também pudemos presenciar uma bela ultrapassagem de Lando Norris em Magnussen na volta 33, por fora na curva 1.

Faltando mais ou menos 30 voltas para o fim da prova, a diferença entre Verstappen e Hamilton oscilava. Chegou a ser de dois segundos, depois de apenas um, porém o carro prateado não se aproximava o suficiente para abrir a asa na reta. Até que na volta 49, veio a grande sacada da Mercedes. A equipe chamou Hamilton para os pits, o colocando de volta na pista com 20 segundos de desvantagem para Max. Com isso, a Mercedes travou a possibilidade da Red Bull fazer mais uma parada, já que se o fizessem, perderiam de vez a liderança.

Emoção nas voltas finais

Ou seja, Hamilton tinha 20 voltas para recuperar 20 segundos. Em cinco voltas ele já havia conseguido diminuir para 16 segundos. Mas Verstappen respondeu, tirando o que restava de ritmo do seu carro, e conseguiu manter um pouco a distância. Não foi suficiente: o #44 entrou em uma série de voltas virando abaixo de 1min18s, tornando a aproximação inevitável.

Nesse meio tempo da perseguição de Hamilton à Verstappen, a atração foi uma intensa briga entre Ricciardo e Magnussen. O australiano não conseguia de jeito nenhum passar o piloto da Haas, que estava defendendo de forma um tanto desonesta. Momentos antes, na volta 52, Grosjean recolheu o carro e abandonou a prova.

Ultrapassagem da vitória (Foto: Reprodução / F1)
Ultrapassagem da vitória (Foto: Reprodução / F1)

Faltando apenas cinco voltas, Lewis estava na cola de Max novamente. Na volta 67 ele fez o movimento decisivo: colocou de lado na 1 e dessa vez passou com folga. Com um ritmo bem mais forte, já abriu para o rival, impossibilitando um contra ataque. Para Verstappen restou fazer mais uma parada, na volta 68, para tentar buscar a melhor volta. Ele conseguiu o ponto extra, sem ser ameaçado pelas Ferraris, que vinham 1 minuto inteiro atrás. Falando no time vermelho, Vettel chegou em Leclerc também nos momentos finais, e passou o jovem companheiro na curva 1, apertando o carro por dentro. 

Venceu a experiência na briga interna ferrarista (Foto: Reprodução / F1)
Venceu a experiência na briga interna ferrarista (Foto: Reprodução / F1)

Portanto, Lewis Hamilton venceu com estilo o GP da Hungria de 2019, com Max Verstappen em segundo e Sebastian Vettel em terceiro. Agora a Fórmula 1 entra no recesso de meio de ano, e retorna somente no dia 1 de setembro, para o GP da Bélgica. Abaixo, o resultado completo da corrida de hoje.Imagem: 

Reprodução: formula1.com
Imagem: Reprodução / F1