Na tarde desta segunda (17), dois confrontos marcam a primeira rodada do Grupo B da Eurocopa Feminina 2017. Itália Rússia  travam o primeiro duelo do grupo no torneio; logo após, Alemanha e Suécia vão a campo para reeditar a final olímpica de 2016 na fase de grupos da competição. Confira mais detalhes abaixo:

Itália e Rússia fazem confronto inaugural do Grupo B nesta segunda

Às 13h desta segunda-feira (17), Itália e Rússia fazem a primeira partida do Grupo B da Eurocopa Feminina 2017. Longe de seus dias de ouro, as seleções travam confronto que promete muita emoção e comprometimento dentro de campo por ambas as equipes.

A Itália esteve presente entre as oito seleções finalistas em todas as edições da Eurocopa. No entanto, o retrospecto negativo nos últimos amistosos da Squadra indicam que não será fácil terminar à frente de Alemanha ou Suécia nesta fase de grupos.

Em seus últimos sete confrontos, a Azzurra levou inacreditáveis 24 gols, chegando a sofrer uma série de cinco derrotas consecutivas. O panorama na Itália está longe de ser o melhor de todos, especialmente desde que a atacante Patrizia Panico se aposentou para treinar a seleção masculina sub-16.

Apesar do péssimo retrospecto, o treinador Antonio Cabrini garantiu que a seleção italiana entrará no torneio de cabeça erguida, sem medo de suas adversárias. “Estamos em um grupo muito difícil – possivelmente o mais difícil de todos. Jogaremos contra as duas equipes que estiveram na final das Olimpíadas exatamente um ano atrás. Isso mostra o nível de nossos oponentes, mas entraremos no torneio sem sermos intimidados”, afirmou.

Treinadora Elena Fomina garante que Rússia não tem medo da seleção da Itália (Foto: Jose Breton via NurPhoto/Getty Images)
Treinadora Elena Fomina garante que Rússia não tem medo da seleção da Itália nesta Eurocopa (Foto: Jose Breton via NurPhoto/Getty Images)

Já no lado da Rússia, a última Eurocopa não traz boas lembranças. Em 2013, a seleção foi eliminada ainda na fase de grupos do torneio. Torcendo por um desempenho melhor nesta edição, a treinadora Elena Fomina garantiu que não há nada a temer no confronto desta segunda contra a Itália.

“Não temos que ter medo de nada (contra a Itália). Temos apenas que focar na nossa própria performance. Só conseguiremos alcançar algo quando fizermos o time adversário suar na defesa. Não temos jogadoras lesionadas, todas estão bem. Todo mundo está pronto para a primeira parte. A Eurocopa é um grande evento na vida de todas as jogadoras aqui presentes. As emoções são positivas”, afirmou a treinadora da Rússia.

Incluindo amistosos, Itália e Rússia já se enfrentaram em nove ocasiões na história, com retrospecto favorável à Azzurra; são seis vitórias italianas contra três triunfos russos. O último confronto entre as seleções ocorreu em dezembro de 2016, no Torneio Internacional de Manaus, com vitória italiana por 3 a 0.

+ Veja também: Holanda bate a Noruega em partida de abertura da Eurocopa Feminina

Na Eurocopa, Alemanha e Suécia reeditam final olímpica da Rio 2016

A Alemanha é o grande time a ser batido nessa Eurocopa Feminina. A seleção, octacampeã do torneio e hexacampeã consecutiva, chega ao torneio sob o comando de Steffi Jones, medalhista de bronze em Sidney 2000 e Atlanta 2004. A expectativa é de que o reinado alemão na Europa, que já dura mais de duas décadas, prevaleça agora com o auxílio da ex-zagueira.

Por 11 anos, a seleção da Alemanha foi treinada por Silvia Neid, que conquistou o ouro olímpico nas Olimpíadas Rio 2016. Apesar de possíveis oscilações com a mudança de técnica, a Alemanha chega à Eurocopa Feminina 2017 com uma série de oito vitórias consecutivas; o destaque é a atacante Anja Mittag, que defende o Wolfsburg.

Antes do confronto inaugural no torneio, Steffi Jones demonstrou estar satisfeita com o panorama interno da seleção alemã. “As atletas entenderam tudo que foi proposto por nós, por mais que ainda não exista um sistema definido de jogo. Queremos nos manter versáteis e estar aptos para ajustar nosso sistema de acordo com cada oponente e cada partida”, afirmou a treinadora.

Alemanha e Suécia reeditam final olímpica da Rio 2016 em confronto nesta segunda (Foto: Clive Brunskill/Getty Images)
Alemanha e Suécia reeditam final olímpica da Rio 2016 em confronto nesta segunda (Foto: Clive Brunskill/Getty Images)

Do lado da Suécia, o desejo é de revanche. Derrotadas pela Alemanha na final da Olimpíada Rio 2016, as suecas chegam à Eurocopa após se classificarem em primeiro lugar do grupo 4 nas eliminatórias. Os desfalques da seleção incluem duas das medalhistas olímpicas; as meias Sofia Jakobsson e Emilia Appelqvist não puderam integrar a equipe da Suécia, afastadas devido a lesões. Entre as atletas presentes, o grande destaque é a atacante Lotta Schelin, que atua pelo Rosengärd.

Para a técnica Pia Sundhage, ex-atacante e campeã da Eurocopa em 1984, o mais importante é saber alternar entre os momentos de relaxamento e foco antes de grandes torneios. Em entrevista, Sundhage ainda declarou acreditar que a Alemanha está fadada a perder em algum momento.

“Estamos relaxadas. Durante uma competição, é importante relaxar, para depois manter o foco e estar preparado. O jogo de amanhã é tão importante quanto os outros dois confrontos (da fase de grupos). Queremos começar bem no torneio e derrotar a Alemanha, que tem uma equipe brilhante, seria um início perfeito. (...) A Alemanha tem que perder, em algum momento. Estamos muito bem preparadas e pensamos bastante em maneiras de derrotas as alemãs”, afirmou.

As seleções já se encontraram em duas finais de Eurocopa, uma final olímpica e uma final de Copa do Mundo Feminina. Em todas as ocasiões, a grande vencedora foi a seleção da Alemanha. O retrospecto geral em confrontos também é favorável à seleção germânica: em 26 confrontos, incluindo amistosos, foram 19 vitórias da Alemanha contra sete da Suécia.

A expectativa pelo confronto desta segunda-feira é de uma partida recheada de emoções entre duas grandes seleções do futebol feminino mundial.