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Covardia do Borussia Dortmund contra o PSG vai à conta de Lucien Favre

Depois de vencer por 2 a 1 na Alemanha, os aurinegros precisavam apenas empatar, mas a falta de ganância do treinador suíço pôs um breque no potencial do BVB

Covardia do Borussia Dortmund contra o PSG vai à conta de Lucien Favre
Foto: Reprodução/Uefa
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Por Leonardo José

O que aconteceu em Paris nesta quarta-feira (11) foi um dos maiores exemplos de covardia no futebol europeu. Treinador do Borussia Dortmund, Lucien Favre era dono da vantagem conquistada na vitória por 2 a 1 na Alemanha, precisando "apenas" manter o ímpeto ofensivo dos aurinegros e segurar até mesmo um empate. Mas, como sempre, o avacalhamento do técnico suíço contagiou o time.

Na Alemanha se falava muito do potencial futebol do BVB, caracterizado pela agilidade de seus jogadores de frente. Hakimi, Jadon Sancho, Thorgan Hazard e Haaland jamais podem ficar restritros à marcação, isso não faz parte da natureza deles. E foi isso o que aconteceu a mando de Favre.

Precisando ao menos de um gol para passar de fase, o PSG foi para cima logo no início — como era o esperado por muitos. Assim, Neymar e Cavani se jogaram no campo de ataque e conseguiram ter espaços. Numa defesa que é para lá de instável, os buracos iriam aparecer de um jeito ou de outro. No entanto, contra-ataques aurinegros podiam incomodar os parisienses e não deixar o conforto todo nos pés do time da casa. A covardia de Favre era vista quando se via Hazard voltando muito na marcação. Do outro lado, Sancho também acompanhava Di María. Era o maior desperdício da vida desses jogadores. Haaland não abocanhou uma chance sequer antes do intervalo. E foi nesse cenário que Neymar e Bernat abriram 2 a 0.

Hazard marcando a saída de Kimpembe (Foto: Reprodução/Uefa)
Hazard marcando a saída de Kimpembe (Foto: Reprodução/Uefa)

Toda a vantagem havia mudado de lado, e o que os treinadores gananciosos teriam feito? Tentar se impor com a qualidade de seus jogadores sobre o time adversário, mesmo quando se trata de um Paris Saint-Germain. Corrigindo: ainda mais quando se trata de um Paris Saint-Germain. Mas isso aconteceu tarde. Favre esperou estra perdendo de 2 a 0 para avançar o ímpeto de seu time, pois no primeiro tempo, só dois chutes (bem mais ou menos) a gol e nenhuma grande chance criada.

No segundo tempo, a intensidade alemão apareceu, mas faltou qualidade e repertório de jogadas. Aos 69', Favre tirou Hazard e colocou Julian Brandt, deixando os defensores intactos contra o PSG já mais recuado. Faltou ousadia de tirar um homem de trás, como Piszczek ou Zagadou. Depois Witsel precisou sair e entrou Reyna, aos 71'. Sempre o famoso "seis por meia dúzia". No final das contas, Erling Braut Haaland não morreu de fome e foi o jogador titular que menos pegou na bola: 23 toques — só Gotze, que entrou aos 87', teve menos: 9. Sancho foi o único jogador do BVB que acertou a meta adversária. Só o inglês deu dois chutes a gol. Mais ninguém com a camisa amarela.

E foi com essa falta de ousadia que Lucien Favre e Ballspielverein Borussia 09 e. V. Dortmund deram tchau à edição 2019-20 da UEFA Champions League. Fica a sensação de de uma queda com cabeça baixa, com um futebol covarde, com um futebol longe de querer fazer história, com um futebol assassino do talento nato de um artilheiro chamado Haaland.