Edu Dracena esperava permanência de Alberto Valentim: “Seria mais fácil a adaptação”

Em entrevista coletiva, o zagueiro comentou sobre a mudança no comando da equipe

Edu Dracena esperava permanência de Alberto Valentim: “Seria mais fácil a adaptação”
Edu Dracena em entrevista coletiva (Foto: Divulgação / SE Palmeiras)
philipsmina
Por Felipe Mina

Nesta semana, o Palmeiras anunciou a não permanência de Alberto Valentim como treinador, oferecendo o cargo de auxiliar para a próxima temporada, onde o mesmo diz não fazer parte dos seus planos e que deve sair do clube.

Com isso, Roger Machado foi confirmado pela diretoria e deve se apresentar após o Campeonato Brasileiro.

Mesmo com a chegada antecipada do novo técnico, muitos jogadores gostariam da permanência de Valentim na mesma comissão. Em entrevista com os jornalistas no CT (centro de treinamento), Edu Dracena comentou que acreditava que na função de auxiliar, Alberto seria importante: “Com certeza, (se ele ficasse) seria mais fácil a adaptação para o Roger, para passar as características dos jogadores, como é o dia a dia de cada um. Mas não sabemos como será. Até perguntei se ele vai ficar, e ele disse que está focado nesses dois últimos jogos, em terminar da melhor forma possível, para depois decidir. O bom é que já se definiu quem vai ser o treinador, e ele vai ter esses dois jogos para acompanhar”, disse.

O zagueiro ainda fez questão de lembrar os feitos do interino em relação ao campeonato, ajudando o time a sonhar com o título: “Só chegamos na reta final brigando por título por causa do Alberto. Conseguimos três vitórias seguidas, o que nos aproximou do líder. Infelizmente, no jogo em que poderia ter decidido o campeonato, não fomos da maneira que gostaríamos”, declarou.

Alberto Valentim começou sua carreira em 1995 no Guarani de Campinas, onde foi campeão da Copa São Paulo de Futebol Junior, batendo o último pênalti, em cima do São Paulo de Rogério Ceni e Caio Ribeiro. No mesmo ano, Edu Dracena estava na categoria de base do Bugre e o mesmo citou está boa convivência: “Fui gandula dele no Guarani, quando ele já era profissional. Acho que a maior qualidade não só do Alberto, mas das pessoas, é saber escutar e reconhecer o erro, tratar todos da mesma forma. Se fôssemos sempre assim, poderíamos estar em situação melhor não só no futebol, mas na nossa vida cotidiana. O Alberto joga limpo, frente a frente, jogador gosta disso”, elogiou o amigo.

Mas o assunto não foi só a saída do interino, como também a chegada de seu substituído. O camisa 3 palmeirense avaliou o futuro chefe: “É um cara que está querendo mostrar seu potencial, com fome de mostrar seu talento, de dar certo num clube. Infelizmente, seu trabalho foi interrompido no Atlético-MG. A gente espera que ele possa ter tranquilidade, que as pessoas tenham paciência. Não pode ter imediatismo. É um cara que mostrou que tem sua maneira de trabalhar, um esquema, e acredita no trabalho até o final. As pessoas que estão comandando e nós temos que abraçar essa ideia”.

Um treinador jovem, mas com certa experiência. Já disputou vários Brasileiros, Libertadores. Vem para nos auxiliar da melhor forma possível, para que tenha tempo para treinar. Apesar de a pré-temporada ser muito curta, por causa da Copa do Mundo. Mas para que a gente possa assimilar o mais rápido possível o que ele pensa de futebol”, concluiu.

Com duas rodadas a serem jogadas, contra Botafogo e Atlético-PR respectivamente, mesmo com o campeonato já definido, Edu disse que junto com seus companheiros, não tirarão o pé: “Não estamos pensando em férias, até porque temos dois jogos (Botafogo e Atlético-PR). Temos de terminar de uma maneira honrosa, o segundo lugar também é uma bela posição. No ano passado, o Palmeiras foi campeão, agora podemos ficar em segundo e quem sabe no ano que vem a gente possa ser campeão de novo. O Palmeiras sempre tem de estar entre os primeiros colocados”, afirmou. “Faremos o melhor nesta reta final, sempre digo que a última impressão é a que fica. Temos de mostrar o nosso trabalho e empenho para conseguirmos vencer”.

Campeão brasileiro no ano passado (2016), da Copa do Brasil (2015), Dracena está acostumado com títulos, campeão em todos os clubes onde passou, não escondeu sua insatisfação por não ter faturado mais um neste ano: “Lógico que gostaríamos de terminar o ano com título, mas acho que o mais importante é acreditar no trabalho. Nada acontece por acaso. Infelizmente, não pudemos conquistar títulos, mas sempre tem o dia de amanhã. Temos a oportunidade de brigar por títulos no ano que vem. Para você deixar uma marca no clube, você precisa conquistar títulos. Quanto mais você puder ganhar, ficará ainda mais na história. Fica de lição para o ano que vem, quem sabe a gente conquiste dois ou três títulos para compensar este ano”.

Com maior participação no time titular, com 24 partidas no Brasileirão, Edu avaliou sua temporada individualmente: “Individualmente fui bem, mas claro que sempre prezo pelo grupo. Eu me senti bem, me preparei para isso desde o início do ano. Fizemos um trabalho diferente do que fizemos em 2016, as duas primeiras semanas foram com trabalho de fortalecimento antes de ir para o campo. Foi um trabalho da fisiologia, da fisioterapia e de todo o Departamento Médico do Palmeiras. Eu colhi os frutos de uma pré-temporada muito boa e bem planejada pelo Departamento Médico do Palmeiras”, finalizou.