Eliminados, Arábia Saudita e Egito se despedem da Copa do Mundo

Mesmo em caso de vitória de alguma das seleções, não será o suficiente para garantir uma classificação à próxima fase do mundial

Eliminados, Arábia Saudita e Egito se despedem da Copa do Mundo
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Por André Andrade

Apenas para definir os últimos colocados do grupo A da Copa do Mundo 2018, Arábia Saudita e Egito se enfrentam nesta segunda-feira (25), às 11 horas (horário de Brasília), na Arena Volgogrado.

A partida vai marcar a despedida das seleções, nesta edição do mundial, já que mesmo que haja um vencedor, ambas não conseguem ultrapassar o segundo e o primeiro colocado, por conta do número de pontos. 

Arábia Saudita busca quebrar tabu 

 A partida para os sauditas tem um "gostinho" especial, já que os jogadores podem quebrar um tabu indesejado, que já percorre há anos. Estados Unidos. 1994. Foi nessa edição da Copa do Mundo em que a Arábia Saudita conseguiu sua última vitória no torneio entre seleções. Na oportunidade, os sauditas venceram a Bélgica. Tirando o revés, são dez dez derrotas e dois empates. Na ocasião, foi a primeira e última vez da seleção nas oitavas de final de uma copa, sendo eliminada pela Suécia, por três a um. Entretanto, o técnico Juan Antonio Pizzi, garante estar otimista, e preparado, para a quebra do jejum.

 

"Estamos preparados para o jogo com o Egito e confiantes na nossa capacidade. Vivemos as experiências das duas partidas anteriores neste Mundial e temos ciência do que precisamos agora. Vai ser um jogo difícil, porque todos querem vencer em uma Copa do Mundo, independentemente de valer classificação ou não", explicou o treinador naturalizado espanhol mas de origem argentina.

Treinador egípcio na "corda bamba"

Dentre tantos craques que participam da Copa, o mundo se voltou, desta vez, para a estrela de uma seleção menos badalada. Mohamed Salah, camisa 10 do Egito, era o centro das atenções nesse grupo A, que no início era cotada como uma das que se classificariam para a próxima fase do mundial, mas não aconteceu.

Sem atuar na primeira partida e atuar pouco na segunda, por conta de uma lesão sofrida na final da Liga dos Campeões, Salah não esteve no seu 100% neste mundial. E com duas derrotas já no início, deixaram os egípcios sem qualquer esperança para alcançar voos mais altos.

Sobre a participação da seleção no mundial, o técnico Héctor Cúper falou sobre o desempenho egípcio, e sobre o questionamento que ronda as salas de imprensa, onde veiculam uma possibilidade de mudança na campanha, caso Salah jogasse desde o início pela seleção.

"Nós jogamos um bom campeonato. Muitos falarão que não, mas jogamos um bom futebol. Talvez dez ou 12 minutos ruins contra a Rússia. Em geral fizemos bons minutos tanto contra o Uruguai, quanto contra a Rússia. Não estou triste porque o time jogou mal. Fizemos o que podia ser feito. Cometemos erros e já analisamos. Queremos encerrrar com vitória. Não há dúvida da importância de Salah. Sempre foi um jogador importante para todos, assim como foi na inglaterra. Se estivesse na primeira partida, seria importante. Como treinador, não gosto de depender de um jogador. Salah não está sozinho na seleção. É um goleador nato. Faz diferença nos últimos 30 metros do campo, mas não sei se mudaria a nossa história", finalizou o comandante.

Após 28 anos, o Egito voltou à disputar uma Copa do Mundo. E como todo ciclo, o treinador argentino não se sabe ao certo se ficará ou deixará o cargo da seleção. Um futuro que ainda está em aberto.