Em seu primeiro ano como atleta profissional do Botafogo, Marcinho já foi do céu ao inferno, e vice-versa, por várias vezes. Promovido pelo ex-treinador Alberto Valentim, o lateral é o líder de assistências do glorioso no Campeonato Brasileiro. Já foram quatro passes para gol.

Apesar disso, o jogador já teve uma queda significativa em seu rendimento, sendo vaiado pela torcida e até barrado por Marcos Paquetá, na época. Porém, desde então, o jovem de apenas 22 anos vem recuperando seu espaço e foi elogiado por Tite, técnico da seleção brasileira. 

Autor do cruzamento para o gol da vitória por 1 a 0 diante do América-MG, Marcinho minimizou as vaias sofridas e mostrou ter uma cabeça tranquila e bem trabalhada. 

"Sempre importante demonstrar seu valor quando você é cobrado. Acho que hoje o time inteiro fez isso. Se Deus quiser, vamos conseguir arrancar no campeonato. Acho que se tratando de vaia e torcida, não tem justiça. É só emoção, paixão. Eles (torcedores) vão no momento, no calor do jogo, e numa situação ou outra vão vaiar. Como já disse inúmeras vezes, já fui vaiado várias vezes. Não tem esse problema, você tem que estar com a cabeça boa e sempre ter confiança no seu trabalho. Isso que importa"

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Apesar do foco na luta contra o Z4 no Brasileirão, o lateral garantiu que o elenco já virou a chave para o confronto diante do Bahia, válido pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana. O jogador descartou qualquer tipo de priorização entre as duas competições. 

"(A Sul-Americana) Não atrapalha (na luta contra a degola), ela é importantíssima para a gente. É um tiro curto, e a gente acredita muito que pode chegar. Acho que temos de mudar a chave, esquecer o Brasileiro e focar diretamente na Sul-Americana, nesse jogo de quinta-feira. É muito importante. Depois do jogo dele, mudamos a chave de novo e é foco total no Brasileiro". 

Perguntado sobre o quanto esse triunfo do último final de semana motiva para o jogo contra o Bahia, Marcinho disse que foi bom para tranquilizar e alavancar a moral do grupo. 

"Fortalece, dá tranquilidade a mais. Acho que a gente chega um pouquinho mais leve, mas não podemos relaxar. Chegamos num momento em que ganhamos um jogo, mas temos que continuar ganhando e somando pontos. Vai ser muito importante nesse jogo conseguirmos resultado equilibrado lá para que no jogo de volta a gente tenha a classificação mais inteira". 

Por fim, o líder de assistências da equipe no ano - sete no total -, analisou o lance das expulsões no final do jogo, onde o atacante Luan discutiu de forma áspera com os reservas alvinegros e acabou sendo expulso junto com o lateral Gílson

"Acho que aquilo demonstra a vontade que a gente tinha de vencer. Acho que uma infelicidade ali, uma troca de palavras um pouquinho mais ríspidas, e o sangue está quente ali naquela hora. Mas acho que essas situações de discussões e brigas são desnecessárias, isso só causa ambiente ruim. O jogo de futebol é lindo, maravilhoso, e a gente não pode deixar essas coisas influenciaram. Mesmo com a cabeça quente, temos que acalmar os ânimos, porque essas situações só influenciam mais situações do lado de fora. São desnecessárias".