Um dia depois da derrota do Flamengo para o SantosRéver assumiu o papel de mediador nos bastidores da equipe. Zagueiro e capitão do Rubro-Negro, o camisa 15 falou sobre o momento conturbado que vive o time e o clamor por uma liderança dentro das quatro linhas. Do lado de fora do gramado, protestos da torcida marcaram o pós-jogo na Ilha do Urubu no domingo (26).

"Isso não é apenas o papel do capitão da equipe. Temos vários líderes no elenco. Claro que a gente procura conversar ao máximo, para passar confiança aos jogadores que estejam passando por momento de insegurança e confiança muito baixa. Não só eu, mas vários outros jogadores. Isso é feito no dia a dia. Infelizmente aconteceu isso ontem, mas hoje já tivemos uma conversa com o grupo todo. Temos que deixar para trás, porque quinta temos um jogo muito difícil. Se tornou o jogo da nossa vida. Vamos em busca do título e a classificação para Libertadores", afirmou.

Renê lamenta derrota do Flamengo e reforça respaldo a Muralha: "Ele passa confiança"

(Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)
(Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Na coletiva pós-jogo no Campeonato Brasileiro, o treinador Reinaldo Rueda não garantiu a titularidade de Alex Muralha no confronto contra o Junior Barranquilla. Perguntado sobre quem seria sua opção na meta rubro-negra - Muralha ou César, que foi inscrito recentemente na Sul-Americana -, Réver fugiu de comparações entre os dois goleiros.

"São dois momentos bem diferentes. O torcedor ontem gritou o nome do César depois dos erros da partida. O Muralha é muito visado pelo torcedor. Isso pode acabar passando uma insegurança para ele, mas para a gente ele se demonstra muito seguro, porque vem treinando muito bem na semana. Cabe ao treinador decidir. Nós jogadores temos confiança dos dois. O Muralha pode não estar vivendo um bom momento, como já viveu, o César está há um tempo sem jogar, mas temos a confiança nos dois", completou.

Flamengo tem confronto decisivo nesta quinta-feira (30). O Rubro-Negro viaja à Colômbia na terça para encarar o Junior Barranquilla; a partida é válida pela volta da semifinal da Sul-Americana.

Confira outros trechos da coletiva de Réver:

Ansiedade rubro-negra em campo"A maior dificuldade que estamos tendo é essa ansiedade de fazer o jogo de qualquer maneira. Temos que controlar nossa ansiedade para que isso não atrapalhe nosso desempenho. Para que não aconteça o que aconteceu ontem, 20 chances e fazer um gol, e o adversário com três chances fazer dois."

Qual seria sua reação no lugar de Muralha"Acho que o jogador tem que estar preparado para tudo. Eu especificamente procuraria me empenhar ao máximo, me preparar principalmente psicologicamente. Sabemos que no futebol as coisas acontecem muito rápido. Tivemos um jogo difícil ontem, na quinta teremos um jogo ainda mais difícil e no domingo também teremos um jogo bastante complicado. São três jogos que vão definir o nosso semestre. Ontem a gente deixou a desejar. Sabemos que na quinta-feira teremos que nos empenhar muito mais."

Falta de apoio ao goleiro? "Não vi o Muralha saindo sozinho. Eu estava próximo à intermediária do Santos, tentando juntar o máximo de jogadores possíveis para demonstrar uma indignação por conta da partida, não pelos erros do Muralha. Mas eu não o vi saindo, se não o teria puxado, para também mostrar apoio."