Após pior ano na Fórmula E, Nissan busca recuperação com a chegada da Era Gen3

Presente no grid da Fórmula E desde o primeiro eprix em 2014 realizado em Pequim, a Nissan está pronta para a Era Gen3, na qual, buscará o retorno aos tempos onde sempre era colocada entre os favoritos do campeonato.

Nas primeiras quatro temporadas, justamente a Era Gen1 da Fórmula E, o nome do time era outro: Renault e.Dams, uma parceria técnica entre a montadora francesa e a equipe com tradição em competições automobilísticas.

Foi uma parceria de incrível sucesso nos primeiros anos, com três títulos no campeonato entre equipes nos três primeiros anos, mais o título de pilotos conquistado por Sebastien Buemi na segunda temporada. Um total de 15 vitórias. Era difícil superar o time Renault e.Dams.

A Era Gen2 a partir do quinto ano da Fórmula E coincidiu com a consolidação da fusão entre Renault e Nissan, e com isso, veio a mudança da equipe no mundial de carros elétricos, passando a adotar o nome da montadora japonesa, e mantendo a parceria técnica com a e.Dams.

Nos dois primeiros anos da Era Gen2 (5ª e 6ª temporada), a Nissan até conseguiu bons resultados e vitórias, mas passou longe de ter chances de lutar pelo título mundial, mesmo com o vice-campeonato de Buemi na sexta temporada.

O declínio veio nos dois últimos anos, principalmente na última temporada, onde pela primeira vez na história da categoria, a Nissan não esteve presente em nenhum pódio do campeonato. O time japonês marcou apenas 36 pontos e terminou a frente apenas de Dragon Penske e NIO.

Mudanças para a nova era

Para a Era Gen3, a Nissan passou por mudanças. A primeira delas é que não existe mais a parceria entre a montadora japonesa e a e.Dams. Agora, todas as decisões partem da fabricante.

Outra mudança em relação aos anos anteriores, é que o suíço Sébastien Buemi não é mais piloto da equipe após oito temporadas. Agora, o campeão da segunda temporada da Fórmula E estará no cockpit da Envision Racing.

Para o lugar de Buemi, a Nissan promoveu o jovem francês Sacha Fenestraz, que foi piloto reserva da equipe na última temporada e até já correu anteriormente na corrida final da sétima temporada pela Dragon Penske.

Fenestraz fez boa parte de sua carreira no Japão, inclusive, foi campeão da Fórmula 3 local em 2019 e também teve destaque na Super Formula, onde foi vice-campeão na temporada passada.

Para ser companheiro de Fenestraz na equipe, a Nissan trouxe um nome já conhecido dos fãs mais recentes da Fórmula E: Norman Nato. Também nascido na França, Nato disputou foi o substituto de Felipe Massa na Venturi para a 7ª temporada, e apesar de um início de temporada modesto, fechou o campeonato vencendo o último eprix da competição em Berlim.

A vitória, porém, não foi o suficiente para garantir um lugar para Nato na temporada passada, na qual ficou como piloto reserva na Jaguar. Ainda assim, correu a rodada final em Seul. Agora, o piloto francês terá uma nova oportunidade para mostrar que merece permanecer no Mundial de Carros Elétricos.

Apesar dos resultados nos testes de pré-temporada em Valência não empolgarem tanto, a Nissan é uma equipe fabricante e isso pode fazer diferença em um primeiro ano de um carro totalmente novo. Além disso, mesmo nos anos em que faltaram bons resultados, o carro do time japonês foi considerado um dos mais rápidos, mesmo sofrendo com problemas de confiabilidade.

Nome da equipe: Nissan Formula E Team

Sede: Japão

Corridas disputadas: 100 eprix

Títulos de pilotos: 1 (Sébastien Buemi, na 2ª temporada)

Títulos entre equipes: 3 (nas 3 primeiras temporadas)

Vitórias: 17 (14 delas com Buemi)

Pódios: 39

Pole Positions: 20

Nome do Piloto: Sacha Fenestraz

País: França

Número do carro: 23

Idade: 23 anos