A base da música entoada pela torcida “Nós somos loucos, somos Cruzeiro!”, resplandeceu dentro de campo. O time estrelado buscou o resultado no tempo normal, contou com gol do artilheiro Edu, o 13º da temporada, e o brilho de Rafael Cabral, que defendeu quatro pênaltis, e eliminou o Remo na cobrança de pênaltis, por 5 a 4, e vai às oitavas de final da Copa do Brasil.

Pressão estrelada

O Cruzeiro entrou em campo com um grande reforço: a torcida. Com casa cheia, os cruzeirenses fizeram um caldeirão na Arena Independência, cantando a todo instante para empurrar o time que precisava correr atrás do resultado. Dentro de campo, os jogadores fizeram valer, ameaçando bastante a meta azulina. Logo no primeiro minuto, Bidu alçou na primeira trave. Edu tocou de cabeça para Luvannor, no meio do caminho, apareceu Everton Sena para rebater. 

O atacante voltou a ter outra oportunidade em bom lançamento de Willian Oliveira. Ele matou no peito, ficando cara a cara com Vinicius e finalizou. O goleiro fez grande defesa, que pouco depois, precisou intervir finalização a longa distância de Jajá.

Edu bateu cruzado na ponta esquerda. A bola quicou e o apareceu novamente. A Raposa persistia no ataque. Rafael Cabral, deslocado na defesa, quase foi surpreendido. Fernandinho observou o adiantamento e tentou o gol que Pelé não fez, mas o arqueiro voltou para agarrar no alto.

Tentando aparecer mais no ataque, o Remo ameaçou com cobrança de falta. Leonan bateu rápido, não dando tempo para a montagem da barreira. A bola passou com muito perigo perto do gol, pegando toda defesa desprevenida. Uma chance rara, já que o visitante chamava  o time estrelado para o seu campo. Brock cruzou da esquerda. Luvannor subiu sem nenhuma marcação e cabeceou à direita do gol. Lucas Oliveira resolveu chutar colocado, de longe, e tirou lasca no travessão.

Na reta final do primeiro tempo, aquele gelo. Rafael Cabral perdeu o domínio dentro da área. Atento, Brenner tentou chegar, mas o goleiro conseguiu tirar de carrinho.

Foto: Divulgação/Remo
Foto: Divulgação/Remo

Quem acredita sempre alcança

Apesar de ter dominado a etapa anterior, Paulo Pezzolano não esperou. Visando melhorar no último passe ou melhorar o capricho de frente à baliza, o técnico colocou Daniel Jr e Rodolfo nos lugares de Geovane e Luvannor, enquanto o xará Paulo Bonamigo acabou perdendo Albano por conta de lesão muscular. Bruno Alves acabou entrando. 

A história voltava a se repetir. Pressão e pressão da Raposa. Jajá entrou na área e rolou para Edu, de frente para o gol, ele não pegou direito e isolou. Se a bola no pé era desperdiçada, a jogada individual foi mais certeira. Daniel Jr deu uma caneta na intermediária, soltando um foguete de longe. Vinicius queimou a luva, mas realizou a defesa com certa dificuldade. O meia voltou a criar outra oportunidade, também de fora da área, e mandou com perigo por cima do gol.

Como diria a música Mais uma Vez, de Legião Urbana, “quem acredita sempre alcança”. Rafael Santos cobrou escanteio, Rafa Silva, em sua estreia com a camisa estrelada,  desviou no meio do caminho. Edu esperou o quique da bola e completou dentro da pequena área, levando a partida para os pênaltis. Erick Flores até tentou reverter a situação. O camisa 12 recebeu lançamento, ganhou de Rafael Santos e cabeceou à direita do gol.

Durante a disputa de pênaltis, apareceu a estrela de Rafael Cabral. O goleiro foi decisivo ao defender quatro pênaltis, garantindo a classificação na última cobrança.

E agora?

Maior campeão da competição, o  Cruzeiro aguarda o sorteio para conhecer o adversário. A Raposa volta a entrar em campo pela Série B, no domingo (15), contra o Náutico, às 16h (de Brasília). No mesmo dia, o Remo recebe o Mirassol, às 17h (de Brasília), pela Série C.