A Seria A terá seu pontapé inicial já no próximo sábado (18). Sabendo disso, a VAVEL Brasil preparou um guia com as principais equipes que podem despontar no torneio da Terra da Bota.

Expectativa paira sobre os rossoneri

O Milan, talvez seja a equipe que mais passou por mudanças da última temporada até aqui. Em 2017/18, os rossoneri tiveram um mercado de transferências caro e movimentado, trazendo o zagueiro Leonardo Bonucci como o nome de maior peso. Além de contratações como o lateral-esquerdo Ricardo Rodríguez, o meio-campista Hakan Çalhanoglu e o atacante André Silva.

Entretanto, para esta temporada o Milan é quase que outro dentro de campo. Depois de ter sua diretoria reformulada e um novo dono, agora norte-americano, o Diavolo tenta corresponder às expectativas que vinham desde 2017/18.

No comando de Gennaro Gattuso, os milanistas precisam mais uma vez corresponder. Com as vindas de Gonzalo Higuaín que foi negociado em uma troca com Bonucci de volta à Juventus, o argentino se torna o novo trunfo dos rossoneri e eleva o patamar do Milan na Serie A.

A equipe na última temporada sofreu com uma escassez de gols de seus atacantes, sendo a revelação Patrick Cutrone o grande destaque, com 18 gols marcados. A chegada de Higuaín aumenta a expectativa no ataque, já que o argentino marcou mais de 20 gols nas últimas quatro edições do calcio.

Na Europa League, a equipe chegou a ficar de fora da competição por alguns dias, visto que sofreu um banimento do torneio por conta de dívidas da administração Berlusconi que não foram pagas pelos chineses, que automaticamente, sofreram uma espécie de retomada de posse mediante aos fundo Elliott, que tinham emprestado dinheiro para a compra do clube aos chineses.

Todavia, os novos donos recorreram a punição e o Milan estará presente na Europa Legue, contudo, seu caminho segue uma incógnita, visto que os grupos não foram sorteados para futuras previsões do caminho.

Desempenho em 2017/18

Na última edição da Serie A, o Milan passou por altos e baixos. Apesar do mercado recheado de jogadores, com 11 ao todo, o até então técnico Vincenzo Montella não conseguiu dar uma sequência positiva ao time que vinha de uma crescente no final de 2016. 

Ao todo, o Milan somou 18 vitórias, 10 empates e 10 derrotas, tendo seu melhor momento na Serie A no segundo turno sob o comando de Gattuso, quando ficou oito jogos sem saber o que era perder. Tal campanha rendeu a sexta posição ao Milan. 

(Foto: Divulgação/A.C Milan)
(Foto: Divulgação/A.C Milan)

Na Copa Itália, a equipe chegou à final, mas acabou derrotada pela Juventus, após desbancar Internazionale e Lazio nas fases anteriores. 

Na Europa League, após uma classificação relativamente tranquila no grupo, o Milan passou pela fase 16-avos do torneio, mas acabou esbarrando com o Arsenal, que mostrou a superioridade no futebol e venceu por 2 a 0 no San Siro e bateu os rossoneri no Emirates por 3 a 1.

Quem chegou e quem saiu

Após ter recorrido a punição da Europa League, a Uefa e o Corte Arbitral do Esporte (CAS), estão supervisionando de perto o mercado de transferências do Milan. Sob o comando de Leonardo, ex-treinador do clube na época pós-Ancelotti, e Paolo Maldini, lenda e ídolo do Milan como diretores de futebol, a janela de transferências se mostra positiva no fator financeiro e nas qualidades.

(Foto: Divulgação/A.C Milan)
Leonardo e Maldini fazem bom início de trabalho na direção do Milan. (Foto: Divulgação/A.C Milan)

Começando pela troca de jogadores. Bonucci voltou à Juventus, como consequência do negócio, o zagueiro Mattia Caldara chegou aos rossoneri sem quaisquer custos. Além disso, a Vecchia Signora também emprestou Higuaín que tem opção de compra, ou seja, o Milan não desembolsou um tostão para contratar ambos os jogadores, arcando apenas com salários.

(Foto: Divulgação/A.C Milan)
(Foto: Divulgação/A.C Milan)

O goleiro Pepe Reina foi outro atleta que chegou sem custos vindo do Napoli, e também, o vice-campeão mundia Ivan Strinic, que chega para a lateral-esquerda da equipe.

Em suma, o mercado do Milan vem sendo positivo. Com deficiências na defesa e nas laterais, as contratações foram pontuais, além de um reforço de peso para o ataque que foi Higuaín. A contratação mais recente do Milan também é o meio-campista Bakayoko, que chegou por empréstimo do Chelsea e chega para reforçar a posição que carecia de opções e reservas.

O Milan ainda encaminha chegadas do uruguaio Diego Laxalt e do atacante Samu Castillejo, que chegam a baixo custo ao Milan reforçando as duas pontas do ataque que também faltavam opções durante o calendário. Além de as chegadas já programadas, o meio-campista Milinkovic-Savic é outro que pode pintar no Milan com um empréstimo de € 40 milhões com obrigação de compra de € 80 milhões. O jogador é desejado por gigantes europeus e, caso tenha sua vinda concretizada, será um chapéu em equipes do alto escalão europeu desta temporada.

Nas saídas, os atacantes André Silva e Nikola Kalinic fizeram suas malas rumo à Espanha. Outro que está próximo de deixar a equipe é Carlos Bacca, também rumo a Liga Espanhola, para o Villarreal em negócio envolvendo Castillejo. No meio de campo, o jovem Manuel Locatelli foi emprestado com obrigação de compra ao Sassuolo, já que as chegadas de Bakayoko, somando com as poucas atuações do jovem lhe renderiam pouco espaço na equipe.

O que esperar do Milan

Mesmo com as saídas e chegadas importantes, o Milan precisará de um certo tempo para se readequar aos novos nomes que estão presentes na equipe. No último ano, Bonucci levou cerca de seis meses para ter regularidade ao lado de Romagnoli e só ao longo da temporada para corresponder com entrosamento e uma defesa sólida.

Da parte de Gennaro Gattuso, o técnico italiano faz a equipe correr e marcar firme - algo parecido com sua época de jogador -. Entretanto, a equipe se mostrou com muitas dificuldades em criar chances ofensivas durante a pré-temporada e abusou de jogadas pela direita, com Suso, talvez o principal jogador do Milan atualmente, visto que tem entrosamento e habilidade acima de outros do elenco.

(Foto: Divulgação/A.C Milan)
(Foto: Divulgação/A.C Milan)

No final da última temporada, Gattuso acabou pagando caro com a falta de atletas para reposição. Em 2018/19, o técnico tem jogadores regulares para opções no banco de reservas e até melhores dos que jogaram na temporada passada, permitindo com que o Diavolo tenha continuidade na Serie A e suporte o calendário até o final, sem desgaste físico que geram tropeços como consequência.