Itália e Argentina se reencontram no Wembley na disputa pela Finalissima

Torneio teve seu retorno anunciado após a extinção da Copa das Confederações e teve Argentina como última campeã

Itália e Argentina se reencontram no Wembley na disputa pela Finalissima
Foto: Divulgação/Uefa
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Por Fernando Lourenço

Nesta quarta-feira (1º), acontece a primeira edição da Finalíssima. Sendo considerada como uma nova versão da Copa Artemio Franchi, que havia sido extinta com a criação da Copa das Confederações em 1992, a Finalíssima contará com as campeãs das últimas edições da Eurocopa e da Copa América e será disputada no estádio de Wembley, na Inglaterra.

As edições prévias da Copa Artemio Franchi foram disputadas em 1985 por França e Uruguai (vitória dos Bleus por 2 a 0) e em 1993 entre Argentina e Dinamarca, com os campeões da América do Sul levantando a taça após terem vencido por 5 a 4 nos pênaltis.

O percurso das finalistas

A Itália, que não vai à Copa deste ano, se classificou para a Finalíssima por ter vencido a Euro 2020, levantando a taça europeia pela segunda vez depois de 52 anos de jejum. No torneio, os italianos passaram com facilidade pelo Grupo A, com vitórias por 3 a 0 contra Turquia e Suíça e por 1 a 0 contra o País de Gales, mas encontrou dificuldades nas fases eliminatórias: Nas oitavas, a Azzurra venceu a Áustria por 2 a 1 na prorrogação, nas quartas, superou a seleção belga por 2 a 1 e venceu as seleções da Espanha e da Inglaterra em disputas de pênalti nas partidas de semifinal e final para se sagrar campeã.

Assim como a Itália, a Argentina também foi campeã invicta e precisando das penalidades para avançar. Na fase de grupos, a Albiceleste venceu três dos seus quatro jogos (contra Uruguai, Paraguai e Bolívia) e empatou contra o Chile. Nas quartas, o time comandado por Lionel Messi passou com facilidade pela seleção do Equador e na semifinal precisou de três defesas do goleiro Emiliano Martínez nas disputas por pênalti para garantir a passagem para a disputa pela taça no Maracanã, onde bateu a seleção brasileira por 1 a 0 com um gol de Di Maria.

Sabor agridoce

Após ficar na segunda colocação nas eliminatórias europeias – atrás da seleção da Suíça – e ser eliminada pela Macedônia do Norte na repescagem, os italianos surpreenderam ao falhar em se classificar para a sua segunda Copa seguida e buscam tentar provar para o mundo que a não classificação para o Catar foi apenas um acidente de percurso em meio a uma campanha de renovação.

Nas suas últimas cinco partidas, a Itália teve dois empates, duas vitórias e uma derrota, e no jogo desta quarta a seleção comandada pelo técnico Roberto Mancini deve entrar em campo no seu tradicional 4-3-3. O time contará com fortes nomes como Jorginho, Marco Verratti e Giorgio Chiellini, que fará a sua última partida pela seleção depois de 117 atuações pela Azzurra.

Embalada

A Argentina, ao contrário dos seus rivais, fez uma boa campanha nas eliminatórias da Conmebol, ficando na segunda colocação com 39 pontos em 17 jogos e não tendo nenhuma derrota na disputa (foram 11 vitórias, seis empates e 76,5% de aproveitamento). O time contará com seu potente trio de ataque formado por Lionel Messi, Lautaro Martínez e Angel Di Maria e vem de uma sequência de dois empates e três vitórias nas últimas cinco partidas.

Histórico

O embate entre a Azzurra e a Albiceleste aconteceu pela primeira vez em 1954 e é marcado pela tradição e pelo equilíbrio: em 16 partidas foram cinco vitórias da Argentina, seis vitórias da Itália e cinco empates, sendo o placar mais elástico um 4 a 1 dos italianos sobre os argentinos em um amistoso que aconteceu em junho de 1961.