Inglaterra chega pressionada por resultados positivos na Copa do Mundo

Equipe chega para o Mundial precisando reverter os resultados dos últimos torneios

Inglaterra chega pressionada por resultados positivos na Copa do Mundo
Foto: Divulgação/Uefa
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Por Thomas Alencar

A Copa do Mundo começa no próximo domingo (20), às 13h, quando Catar e Equador fazem a abertura e param todo planeta para assistir a principal competição de futebol do planeta. Apenas um jogo será disputado no primeiro dia, enquanto no segundo, haverá três e até o fim da fase de grupos serão quatros diariamente.

Já na segunda-feira (21), a Inglaterra entra em campo diante do Irã, às 10h. Se tratando de uma das favoritas ao título, certamente atrairá muita atenção.

A Inglaterra chega para o Mundial sendo uma das poucas seleções com inúmeros talentos em todas as posições, sendo o elenco mais valioso do torneio, segundo o CIES, empresa que faz levantamento dos números.

A Copa do Catar será um divisor de águas para a Inglaterra, que precisa mostrar mais resultados, tendo como base o talento, o histórico da equipe nas últimas edições do torneio e acima de tudo, as recentes participações nas competições anteriores.

  • Copa do Mundo de 2014 e a transição

A transição começou em 2014, com a Copa do Mundo no Brasil, com uma geração de Wayne Rooney, Steven Gerrard e Frank Lampard passando o bastão para a próxima. Já naquela competição, os ingleses tiveram uma campanha bem abaixo e vexatória, caindo na fase de grupos e na última colocação, ficando atrás da Costa Rica, Uruguai e Itália.

Foto: Divulgação/UEFA
Foto: Divulgação/UEFA

Na Eurocopa de 2016, com um time mais jovem e mesclando com a experiência, outra campanha ruim dos ingleses. A equipe passou em segundo no grupo com País de Gales liderando, junto com Eslováquia e Rússia. Ainda sob o comando do Roy Hodgson, a equipe caiu já nas oitavas de final para a Islândia, que fazia sua primeiro Eurocopa de sua história. Naquela partida, a Inglaterra foi escalada com: Hart, Walker, Chaill, Smalling, Rose; Dier, Alli, Rooney; Sturridge, Sterling, Harry Kane.

  • Copa da Rússia e novos caminhos

Precisando de uma reforma profunda, a Inglaterra começou a renovação pela equipe técnica, quando contratou Gareth Southgate, até então, sem grandes experiências dentro do futebol mundial. 

A nomeação gerou incertezas, mas o trabalho de novo time começou a ser construído. A primeira grande competição do treinador foi a Copa do Mundo na Rússia. Torneio em que a Inglaterra já fazia tempo que não chegava na fase final.

No primeiro confronto diante da Tunísia, os ingleses entraram em campo com: Pickford; Walker, Stones, Maguire; Henderson, Trippier, Lingard, Dele Alli, Ashley Young; Sterling, Harry Kane. Com oito jogadores diferentes da última partida da Eurocopa em 2016. Uma média de idade de 26.1 anos na época.

O English Team começou bem, passou da fase de grupos e foi encarando os adversários com um futebol atraente e positivo, passando por Colômbia e Suécia, até cair na semifinal para a Croácia, depois de ter feito 1 a 0 no início do confronto.

Apesar de não ter disputado a decisão, foi uma resposta clara e muito positiva do Gareth Southgate, que levou os ingleses longe, quebrando uma sequência ruim de resultados em competições oficiais.

Já na Nations League em 2018, a equipe passou da fase de grupo, onde tinha Espanha e Croácia. Na semfiinal, perdeu para a Holanda. Mas, o que chamou a atenção foi a escalação do time: Pickford; Walker, Stones, Maguire, Chilwell; Declan Rice, Delph, Barkley; Sterling, Sancho, Rashford. Uma média de idade de 24.4 anos, sendo a menor dos últimos anos.

No elenco, a equipe inglesa já começava a formar grandes nomes do gol ao ataque. Ainda naquele jogo, Butland, Michael Keane, Alexander-Arnold e Harry Kane estavam no banco de reservas.

  • Passando a ser favorita!

Com boas campanhas nas últimas competições e com um time se renovando a cada ano, a Inglaterra passou a ser encarada com outros olhos. Saindo de uma que poderia incomodar, para uma das favoritas.

Na Eurocopa de 2020, que foi disputada em 2021, os ingleses fizeram uma campanha histórica e por pouco, não levaram o primeiro título desde 1966, quando conquistaram a Copa do Mundo. Na fase de grupos, encarou a Croácia, República Tcheca e Escócia, três times com inúmeros jogadores dentro das principais ligas do mundo.

No mata-mata, a Inglaterra foi derrubando bons times. Nas oitavas, a Alemanha e vitória por 2 a 0. Nas quartas, a Ucrânia por 4 a 0 e na semifinal, a Dinamarca, vencendo por 2 a 1. Na grande decisão, saiu na frente com Luke Shaw, mas perdeu nos pênaltis.

No time vice-campeão, inúmeros jogadores que são peças fundamentais em seus clubes, como Pickford, Walker, Trippier, Declan Rice, Luke Shaw, Sterling, Mount e Harry Kane. No banco de reservas, o grupo ainda contou com Ramsdale, Jude Bellingham, Saka, Reece James, Rashford, Sancho e Grealish.

Com mais uma campanha chegando na reta final, com elenco valioso e forte, a pressão passou a encarar a seleção inglesa para mostrar mais resultados em questão de títulos.

A Nations League que acabou este ano foi um balde gelado nos torcedores ingleses. O time acabou a competição na lanterna do grupo, levando 4 a 0 em casa da Hungria, caindo para a segunda divisão do torneio, o que gerou repercussão mundial e consequentemente, levando críticas ao trabalho do treinador.

Sendo favorita em todos os torneios que entra para disputar, a Inglaterra carrega uma pressão pelo trabalho que ela mesma construiu, com uma renovação que gerou dois times fortes e com os últimos resultados, chegando na semi na Rússia e na final da Euro 2020.

A Inglaterra caiu no Grupo B, junto com Irã, Estados Unidos e País de Gales, fazendo jogo britânio diantes dos galeses. A Copa deste ano irá definir o futuro de alguns jogadores e, principalmente, do técnico Gareth Southgate.